Em 01 de agosto de 1977, foi criada e construída uma escola no povoado Tanque que pertencia ao municipio de Oeiras para funcionar um projeto do Governo Estadual chamado Projeto Pólo Nordeste, oferecendo à comunidade um trabalho de inserção e convivio com o semi-árido piauiense. Com a abertura das matrículas em agosto, as aulas iniciaram-se em setembro. Para auxiliar o homem do campo a conviver com a sua realidade e não precisar sair para os grandes centros atrás de melhorias de vida. Justificava a criação desta escola, por ser uma região essencialmente agrícola com uma cultura de subsistência e havia pouca atividade de pecuária e, por ser uma região semi-árida, o mais viável para o manejo era a criação de caprinos e havia também a criação de horta comunitária para que o homem do campo produzisse suas hortaliças em casa e melhorasse a sua renda, tudo de maneira sustentável, tendo como primeira diretora a senhora Francisca Maria Osório Santos, natural de Santa Cruz do Piauí, recém formada e trasnferida para comandar o projeto em Tanque.
Inicialmente a escola começou oferecendo de 1ª a 5ª séries e seriam amplaidas as séries ao longo dos anos conforme Projeto de Implantação Gradativa das Séries. Alguns aspectos filosóficos e metodológicos marcaram o cenário da prática educacional, tais como a construção curricular organizada pelos pais e professores da escola e integrantes de diferentes segmentos representativos da comunidade do Tanque.
Sempre com uma proposta de atuação comunitária, a Escola foi ampliando seu atendimento. Os professores eram da própria comunidade, formados em Magistério que era o curso de formação exigido na época, passavam por um rigoro treinamento mensal com uma supervisora in locu e no período de férias passavam por uma capacitação junto à Coordenadoria do Projeto na cidade de Campo Maior.
O projeto teria uma duração de 4 anos e se tudo estivesse indo bem, seria prorrogado por mais 4 anos. Porém, os primeiros problemas começaram surgir em 1978. Como não haviam conseguido autorização para o funcionamento da 5ª série, esta foi extinta e o projeto continuou oferecendo apenas até a 4ª série.
Os alunos tinham sempre aula com um técnico agropecuário que trazia sementes, implantação e construção de apriscos para criação de caprinos, e um foi construído onde hoje fica localizada a rua Pólo Nordeste na cidade de Tanque do Piauí e sementes de capim para plantação nas roças dos pais dos alunos.
Em 1984, o Governo do Estado passou a responder pela escola, não mais como Pólo Nordeste, extinto, mas como Grupo Escolar do Tanque, oferecendo de 1ª a 4ª série e sem a aplicabilidade das prerrogativas do antigo projeto.
Em 1993, através dos esforços do Pe. João de Deus, vigário da cidade de Oeiras, foi criado o Ginásio Estadual São Sebastião (GESS), oferecendo a partir da 5ª série sendo ampliado gradativamente conforme fossem surgindo vagas com os alunos matriculados e transferidos de outros municipios, uma conquista para os pais que não tinham como mandar seus filhos para outras cidades para continuarem estudando quando saiam da 4ª série.
No ano de 2004, através da resolução 005/2004 do Conselho Estadual de Educação foi autorizado o funcionamento do ensino fundamental de 1ª a 8ª série e em 2005 o Ginásio Estadual São Sebastião passou a se chamar Unidade Escolar São Sebastião, para atender a educação básica, ampliado para o Ensino Médio, autorizada pela resolução administrativa CEE-PI N° 324/2005, repassando assim os alunos do fundamental para o municipio, conforme manda a legislação e passou a ministrar apenas o Ensino Médio.
Ressalta-se que a participação de pais na construção do trabalho tem sido outro diferencial. Com um Conselho Escolar, atuante, a escola tem agendado, em seu calendário, eventos especiais e festivos, buscando sempre a integração escola e família.
No Ensino Médio, optou-se pela organização conforme manda a legislação, considerando-se as finalidades atribuídas a este nível de ensino, quais sejam, o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado. (Art.35) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( nº 9394/96).
fonte: PPP da UESS
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